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Nutrição

DE TRAZER POR CASA

... by Ângela Carvalho ...

Leites e Bebidas vegetais… para uma escolha fundamentada!

  • Foto do escritor: Catarina Claudino
    Catarina Claudino
  • 22 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

O leite sempre fez parte da alimentação tradicional portuguesa e a Direcção Geral da Saúde reconhece a sua importância e recomenda a ingestão de 2 a 3 porções de laticínios por dia.


O leite é fornecedor de proteínas de alto valor biológico, de hidratos de carbono e cálcio, fósforo e vitaminas. É o alimento com a maior relação ingestão de cálcio por porção consumida e com grande biodisponibilidade. O teor de gordura é variável dependendo da escolha entre magro, meio-gordo ou gordo.


Na infância os laticínios têm papel importante no crescimento e desenvolvimento ósseo, dentário e muscular. Em mulheres pós-menopausa e idosos têm papel relevante também.

Gosto de chamar a atenção que muitas das nossas crianças excedem claramente o consumo de leite por dia (muitas vezes até substituem refeições principais pelo leite!), e aí sim, estamos a cair em exagero, podendo ter uma influência negativa em termos de desenvolvimento.


No entanto, não podemos esquecer que em relação ao cálcio existem outros grupos de alimentos fornecedores, tais como os hortícolas (principalmente os verdes escuros), as leguminosas e os frutos oleaginosos. E para a saúde óssea será muito importante também o papel da vitamina D e a prática de exercício físico.


Dentro dos contras ao consumo do leite estão argumentos como a contaminação com diversos pesticidas e substâncias tóxicas, bem como antibióticos e hormonas.


Na atual evidência científica o consumo de laticínios não está associado a um aumento de mortalidade e pode até ser protetor para algumas co-morbilidades (obesidade, diabetes tipo 2, doença cardiovascular…), por isso pesando todos os prós e contras o leite tem mais benefícios que malefícios.


A minha opinião? Cada caso é um caso e como em tudo, acho que extremismos não levam a nada positivo, por isso há que fazer escolhas com equilíbrio e de acordo com a especificidade de cada pessoa. E acima de tudo, respeitar a opção de cada um!


  • E para quem não pode beber leite por alergia/intolerância ou por opção?

Existem muitas pessoas intolerantes ao leite (cerca de 1/3 da população portuguesa, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia), o que ocorre quando o organismo não possui a enzima lactase, responsável por digerir a lactose, o açúcar natural do leite.


Que soluções temos nesses casos? Leite sem lactose, queijos com baixo teor de lactose ou o leite fermentado (kefir ou iogurte).


  • E as bebidas vegetais que estão tão na moda?

Temos várias presentes no mercado: de soja, aveia arroz, amêndoa, coco, avelã, espelta, millet e kamut. Algumas dão até para fazer em casa.


Elas têm a vantagem de não conterem lactose, colesterol, baixo teor de gordura, serem de origem vegetal, muita quantidade de água e mais facilmente digeríveis.


No entanto, o perfil nutricional difere bastante do leite (a bebida de soja é a que se assemelha mais em termos de teor proteico). As restantes têm valor proteico muito inferior e proteína de baixo valor biológico. Mesmo sendo suplementadas em cálcio muitas delas, é necessário verificar o teor de açúcar, sal, aromas e tipo de gordura adicionada, para podermos fazer escolhas mais saudáveis.


Fontes: Direção Geral da Saúde (DGS); Ebook “Conhecer o leite” - APN; Viver saudável – número 10 ano 1

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