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Nutrição

DE TRAZER POR CASA

... by Ângela Carvalho ...

Alimentação e Amamentação

  • Foto do escritor: Catarina Claudino
    Catarina Claudino
  • 12 de jul. de 2018
  • 3 min de leitura


Alimentos e produção de leite – que relação?


Esta temática da amamentação é algo imensamente complexo, e várias situações irei abordar … a teoria é muito bonita, a prática também ou nem por isso. Falo-vos como mãe, nutricionista e como alguém em que a experiência da amamentação não foi de todo positiva, mas isso irei deixar para outro post.


Hoje vou falar de uma das principais dúvidas de quem está prestes ou quem se encontra a amamentar: “Existem alimentos que inibam ou aumentem a produção de leite?”


Apesar da utilização de alguns alimentos como galactogogos (aumentam a produção de leite) ser referida em algumas publicações (aveia, frutos secos, sementes…), a principal situação que aumenta a produção de leite é a própria “oferta” de leite, ou seja, a sucção do mamilo vai estimular o hipotálamo a segregar o factor libertador da prolactina. A prolactina, por seu lado, hormona segregada pela hipófise anterior materna, é a promotora da secreção do leite pela glândula mamária. Por isso se refere que quando se quer aumentar a produção de leite, se deve extrair mais leite, seja colocando o bebé a mamar mais vezes, seja através de bombas extratoras (por exemplo, numa refeição que já seja de sopa e não de leite, extrair leite nessa refeição e armazenar, ou acordar durante a noite para extrair leite, mesmo que o bebé não necessite de mamar).


De referir que o fator psicológico é de extrema importância nesta questão (quem de vós mulheres que já amamentaram não passaram pela situação de estarem a trabalhar, longe dos bebés e só pelo facto de se lembrarem deles, sentem logo as famosas “picadas” e o leite começa de imediato a sair)… por esta situação, aconselho por exemplo, quando se fizer extração de leite longe do bebé, terem convosco uma fotografia dele.


Só face a uma grande carência nutricional é que as mães têm menor produção de leite. Mesmo assim, a diminuição é na quantidade de leite e não na densidade nutricional (exceção feita para nutrientes essenciais, como é o caso dos ácidos gordos ómega 3.

O que se preconiza é, tal como na gravidez, a promoção de hábitos alimentares saudáveis, com um regime alimentar completo, diversificado, equilibrado, de acordo com as necessidades nutricionais, sabendo que a amamentação aumenta o gasto energético da mãe (fome e sede, quem não sente?!). Não caiam no erro de fazer uma alimentação demasiado monótona e evitar muitos alimentos, só porque toda a gente à sua volta “sabe”.


Muito importante o aporte proteico (aumentam as necessidades durante a amamentação), por isso há que incluir alimentos como a carne, peixe, ovos, lacticínios, leguminosas…

Água, água, água. Antes, durante, depois, sempre ao longo do dia/noite. Hidratação adequada é um fator de extrema importância na produção de leite, cerca de 2L diários.

Evitar bebidas com cafeína (ex: café, chá preto ou verde, refrigerantes de cola, bebidas energéticas, …), uma vez que uma pequena parte de cafeína passa para o leite materno e consequentemente para a criança, o que poderá causar agitação e distúrbios no seu sono, uma vez que têm muita dificuldade em eliminar a cafeína do organismo.


O álcool deve também ser evitado, por acontecer a mesma situação. Além disso, sabe-se no caso do álcool que pode reduzir o reflexo de saída do leite da mama, limitando o consumo de leite por parte do bebé.


Existem alimentos que aumentam a produção de leite?

São escassos os estudos que conseguem confirmar estas situações. Em Portugal refere-se o efeito da cerveja preta e do bacalhau. Quanto à cerveja, existe o problema do álcool, que deve ser evitado. Quanto ao bacalhau não existe evidência. Cada mãe deve aprender a conhecer o seu corpo e verificar as reações que acontecem após a ingestão alimentar, percebendo o efeito de cada alimento que consome, tanto no seu corpo como nas reações do bebé.


Em resumo,

A mulher que amamenta deve beber bastante líquidos ao longo do dia e alimentar-se com qualidade, com alimentos o mais naturais possíveis e menos processados. A qualidade da alimentação materna deve visar a sua saúde e o seu bem-estar, sendo o leite materno, consequência. Estudos mostram que, se a lactante tem uma dieta variada nesse período, o bebé aceita melhor a diversidade de alimentos, mas também influência o crescimento e desenvolvimento enquanto criança, bem como prevenção de uma série de patologias em adulto.



Fontes

Mitos Alimentares Associados ao Aleitamento Materno; Manuela Cardoso, Nutricionista, Maternidade Dr. Alfredo da Costa

Ebook Aleitamento Materno: Promover saúde! APN

 
 
 

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