Amamentar sem stress
- Catarina Claudino
- 3 de ago. de 2018
- 3 min de leitura
Se amamentação na minha primeira viagem como mãe foi o meu verdadeiro parto com dor ( já que apesar de todas as complicações e de ter terminado numa cesariana de urgência - difícil. Foi tudo indolor ).
A dor surgiu quando o Lourenço não conseguia pegar no peito, nas horas que passei agarrada à bomba de extração de leite... Os dias de na maternidade foram duros e doloridos para amamentar. Depois com a subida do leite e os bicos de cilicone adequados encontramos o nosso caminho durante praticamente 2anos - e quem já nos segue há algum tempo já conhece os pormenores desta história.
Nesta segunda viagem, ( como já contei por aqui também ) tudo acontece de forma bem diferente. A Constança é uma verdadeira draga desde das primeiras horas de vida... Houve dor os primeiros 15 dias , não usei mamilos de cilicone, e apesar de usar conchas, discos de hidrogel e muita hidratação com leite materno e purlan , houve fisuras e dor. SIM!!!
Mas a novidade é esta... Se na primeira viagem não pensei muito da quantidade da produção de leite ( apesar de ter chegado a tomar um chá para esse efeito ).
Desta vez tenho me preocupado e muito com esse tema. A princípio a Constancinha mamava bastante e durante quase 20min e o corpo habituou-se a essa demanda da bebé. Por volta de um mês a sua capacidade de sucção aumentou e o tempo da mamada diminui drasticamente o corpo demorou a ajustar-se e acordava encharcada e havia dias em que escorria literalmente roupa abaixo. ( Desculpem se a descrição é demasiado figurativa ) . Uma semana depois , o peito parecia não encher...
Ela estava bem, mamava bem, o peito não estava seco, ela continuava bem disposta, a dormir normalmente é a aumentar de peso . Mas foi o meu primeiro sinal de alerta! Tentei não stressar... Falei com a enfermeira, que tal como eu achou que seria apenas o corpo a adaptar se á nova demanda de produção da Constança. E tudo voltou ao normal.
Durante pouco mais de uma semana... Após voltar a trabalhar... Pois é. 2 miúdos em casa com idades tão diferentes, com necessidades tão distintas e ainda trabalhar e orientar a casa deu = STRESS
Nova baixa de produção de leite. Um dia, mas aí senti que a ela pedia para mamar mais vezes... Abrandei o ritmo. Falei com o meu obstetra, com a pediatra deles e com a nossa Nutricionista de trazer por casa, todos profissionais de total confiança... A indicação foi unânime.
Não STRESS
Mas se realmente sentir que a produção baixa - promil - é um composto de ervas completamente natural e que ajuda na produção. No entanto, a melhor estimulação será sempre colocar a bebé a mamar sempre e quantas vezes quiser.
Trabalho entregue... Informada e bem acompanhada por todo o meu leque de profissionais de saúde. Chegou mais uma semana de stress e mais uma baixa na produção. Voltei a contornar a situação, ainda sem recorrer ao promil.
Sem stress e muita maminha...
Se do Lourenço eramos só nós num inverno rigoroso... Também amamentava em qualquer lugar, mas com muito mais pudor - devo confessar. Agora, com um piratinha que precisa muito de correr, num verão bem quentinho... A Constancinha vai connosco para todo o lado ( fugindo das horas de calor, obviamente ), a nossa mini dragazinha mama a qualquer hora e em qualquer lugar... Mãe de segunda viagem muito menos complexada.

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